23 de jan. de 2009

Folha de S. Paulo - 21 de junho de 1990

SÃO PAULO VAI DISPUTAR A SEGUNDA DIVISÃO EM 91

Fernando Santos Da Reportagem Local

O São Paulo foi eliminado pelo Botafogo na repescagem do Campeonato Paulista deste ano e vai disputar a Segunda Divisão em 91. O São Paulo goleou ontem o Noroeste por 6 a 1 no Morumbi, mas ainda dependia da derrota do Botafogo para se classificar. O time de Ribeirão Preto empatou em 0 a 0 com a Internacional em Limeira.

No próximo ano, o São Paulo vai disputar a série B do Campeonato Paulista, sem direito a lutar pelo título. É uma nova fórmula aprovada pelo conselho arbitral de clubes em janeiro. Farão parte dessa série os 10 clubes eliminados do campeonato deste ano mais quatro que vão subir da Divisão Especial.

(...) Resta ao São Paulo a chance de subir para a série A em 92. Apenas o campeão da série B sobe (...) Esta fórmula foi aprovada por unanimidade por todos os 24 clubes que iniciaram o campeonato este ano, segundo o presidente em exercício da Federação Paulista de Futebol, Antoine Gebran.

'Vamos cumprir a lei. Lei é lei', disse o diretor-adjunto do São Paulo, Herman Koester (...) Segundo ele, o São Paulo vai mesmo disputar a Série B, uma Segunda Divisão que só não recebe essa denominação por uma questão de nomenclatura jurídica. (...) Já o diretor de futebol Fernando Casal de Rey, 47, ainda não se deu por vencido. Ele disse que vai acionar o departamento jurídico do clube para saber se a aprovação da fórmula do campeonato de 91 é legal. Casal de Rey disse, sem ter certeza, que não existe um documento assinado pelos clubes sobre o assunto. Assim, ele poderia recorrer à Justiça Desportiva para mudar a fórmula. Ou seja, apelar para o tapetão. 'Estamos vivendo um pesadelo', disse Casal de Rey.

11 de dez. de 2008

Quem é o trouxa...?

Tantas vezes fui trouxa ao achar que o garoto Juca era um jornalista sério...

Mas depois das últimas presepadas, arbitrariedades e incoerência, o garoto Juca se tornou alguém que ele mete o pau sem dó, virou um Milton Neves.

Garoto Juca: um dia eu gostei de te ver comentando futebol na TV, um dia já achei você bom de letra e de papo. Mas a cada nova arbitrariedade e presepada que você faz defendendo única e exclusivamente seus interesses pessoais, e fecha os olhos para tudo que não anda conforme seu manual de instruções, mais triste se torna sua figura.

Segundo enquete feita simultaneamente à última pataquada do Juquinha, mais de 96% (e mais de 200 pessoas) acham que trouxa é quem lê Juca Kfouri.

>> Resultado da enquete

3 de dez. de 2008

O cruzado da ética, direto do túnel do tempo

Veja, abaixo, alguns trechos de entrevista de Juca Kfouri concedida à revista Caros Amigos em 1997, e logo em seguida, trechos para a Isto É, no mesmo ano.

Caros Amigos (1997)

Sérgio Pinto - Vamos provocar. Você foi cotado para ser secretário do Maluf. Você acha que ser secretário do Maluf engrandece a biografia de alguma pessoa?

Juca Kfouri - Não, não acho que engrandeça, mas acho que ser secretário, ou ser ministro, ou ser qualquer coisa pública em sendo jornalista, não engrandece a biografia de ninguém. Quer dizer, eu jamais trocaria o ser jornalista por qualquer outra coisa, em qualquer outra área.

Sérgio Pinto - Mas você não sentiu conflito?

Juca Kfouri - Não, eu achei que era mais ou menos inevitável em função daquela Carta de São Paulo que era assinada por algumas pessoas identificadas com a esquerda, e que ele, habilidoso como era, ia tentar fazer de algum daqueles signatários um secretário. Conseguiu fazer o Rodolfo Konder. Não acho que se trate de engrandecer, mas também não acho que diminua, não acho que o Rodolfo ficou menor por causa daquilo, é uma opção que eu respeito inteiramente, mas eu jamais seria, do Maluf ou de quem quer que seja.

(...)

Sérgio de Souza - Você se considera um o quê, Juca, um cruzado?

Juca Kfouri - Muito obrigado. Em regra, quando querem me diminuir me chamam de quixotesco. O Roberto Civita um dia me disse isso: "Você é um cruzado". E eu disse a ele a mesma coisa: "Na Globo me dizem que eu sou um Dom Quixote." Eu acho que é um sentimento de indignação mesmo, mas não vou fazer disso nenhum cavalo de batalha, nenhum martírio. Te diria que isso hoje é muito mais a meu favor do que contra mim. Se fosse por oportunismo eu faria essa mesma opção, porque isso me distingue...

(...)

Trajano - E aquela pergunta bem, como se fala?... do programa do Raul Gil, "Para quem você tiraria o chapéu?"

Juca Kfouri - No esporte?

Trajano - Na imprensa esportiva, dirigente, jogador, técnico, para quem você tiraria o chapéu?

Juca Kfouri - Até para provar que não há questões pessoais, há sempre questões políticas, estruturais e tal, eu por exemplo, um presidente de Confederação que eu tiraria o chapéu é o Giulite Coutinho. Outro dirigente que eu tiro o chapéu, é Antônio Pithon, que reassumiu o Bahia. Como dirigente esportivo eu tiro o chapéu por mais polêmico que possa ser, para o Márcio Braga. Tiro o chapéu para o ex-presidente do Grêmio, Paulo Odoni. Tiro o chapéu para o Carlos Miguel Aidar, presidente do Clube dos 13, ex-presidente do S.Paulo.

Trajano - E jogador, técnico e imprensa esportiva?

Juca Kfouri - Tiro o chapéu para o Telê. Acho que vou tirar o chapéu um dia para o Wanderley Luxemburgo. Tiro o chapéu para o Pelé. Tiro o chapéu para o Mané, tiro o chapéu para o Tostão.

(...)

Este foi o trecho extraído da Caros Amigos. No mesmo ano, o cruzado falou para a Isto É. Leia.

Isto É (1997)

ISTOÉ - O que você acha do modelo de co-gestão adotado, por exemplo, por Palmeiras e Parmalat?

Kfouri - Eu não considero ideal, mas é tão obviamente melhor do que o que temos aí que em poucos anos dessa experiência um time que estava na fila há tantos anos saiu ganhando tudo. Só não ganhou mais porque a Parmalat descobriu que esse negócio de comprar e vender jogador era melhor até do que vender leite e começou a fazer dinheiro com isso. Imagine se mais do que uma co-gestão, uma empresa como essa se torne a controladora do clube. Aí ela vai ter a consciência de que não se vende a atração. Na NBA, o Michael Jordan acaba de fazer o 14º contrato com o Chicago Bulls, o Magic Johnson ficou 13 temporadas nos Lakers, o Pat Ewing está esse mesmo tempo no New York Nicks. Por quê? Porque eles garantem bilheteria, patrocínio, audiência. Não se ganha dinheiro vendendo as galinhas dos ovos de ouro. E o futebol brasileiro vende suas galinhas dos ovos de ouro.

(...)

Caso você encontre mais incongruências do paladino desmascarado, por favor, nos envie citando data e fonte, que a publicaremos aqui.

25 de nov. de 2008

Juca Kfouri: parceria ou promiscuidade?

Li o seguinte trecho no blog do Juca Kfouri.

"Parceria ou promiscuidade?

As parcerias são bem-vindas ao futebol desde que com um mínimo de disciplina, o que não tem acontecido no Brasil. Basta dizer que no domingo que vem vamos viver uma situação bizarra: jogam Vitória e Palmeiras, no Barradão, em Salvador.

O Vitória sem maiores responsabilidades e o Palmeiras por uma vaga na Libertadores, sonho de sua parceira, a Traffic.

No Vitória joga Marquinhos, que é da Traffic e está prometido ao Palmeiras para o ano que vem. Você acha que Marquinhos vai fazer um gol que tira o Palmeiras, a Traffic e ele mesmo da Libertadores?

Então será melhor não escalá-lo? Ora, se ele não jogar será em prejuízo do seu time atual e em benefício do futuro. Se jogar e jogar mal, será mal falado. Se jogar e jogar bem e eliminar o Palmeiras, a ética estará salva.

Mas quem se preocupa com a ética em nosso futebol?

(...)"

O cruzado da ética, Juca "Valdivia no São Paulo" Kfouri, se esqueceu que esta situação de um jogador já negociado com um time ter de enfrentar o mesmo antes da transferência acontece SEMPRE, independentemente de ser uma transferência paga por um investidor ou paga pelo próprio clube.

Não será a primeira vez que acontece, nem será a última.

Quando um clube se planeja com antecedência, dentro da lei (que permite pré-contratos a 6 meses ou menos do término dos contratos de jogadores), aí o clube é anti-ético.

Quando não o faz, é um clube desorganizado.

Fora isso, enviei algumas vezes a seguinte pergunta para o cruzado (que não a publicou até o momento):

"Sr. JUCA KFOURI, vou repetir minha PERGUNTA que o senhor covardemente não publicou.

Não seria PROMÍSCUO um jornalista esportivo trabalhar em diversos meios de comunicação, que buscam lucro como qualquer outra empresa, e portanto são CONCORRENTES?

Sim ou não? E por quê????

Se o senhor acha que não é promiscuidade, ao menos explique seu ponto de vista.

Caso contrário vai parecer que eu tenho razão: que o seu discurso não condiz EM NADA com seu comportamento, e vice-versa.

Tô de olho aqui para ver se o senhor vai responder a esta questão."

Para alguém ditar regras e padrões, deve ao menos dar o exemplo.

Não seria anti-ético um jornalista trabalhar em empresas que concorrem entre si? Não vive ele dizendo que "não basta ser honesto, tem que parecer"?

Gostaria de saber qual a ética existente em alguém que publica seu blog no UOL, maior concorrente do Terra, que hospeda e publica os conteúdos do site da ESPN Brasil e seus respectivos blogs.

Qual a ética de alguém atende a empresas com interesses conflitantes e concorrentes (como ESPN, CBN, Folha de S. Paulo, UOL).

Será que ao falar na CBN ele não prejudica a rádio Eldorado ESPN?

Quem garante que ele não vá fazer comentários gaguejando e com a voz fanha na CBN, para beneficiar a Eldorado ESPN?

Quem garante que ele não vá escrever textos sem pé nem cabeça (RÁ!) em seu blog no UOL, para beneficiar o portal Terra, parceiro da ESPN?

Quem garante que ele não vá proteger a ESPN em sua coluna na Folha de S. Paulo?

Caro cruzado Juca Kfouri: não basta ser honesto, tem que parecer.

Para agir de acordo com seu discurso, peça as contas de todas as outras empresas de comunicação para as quais você trabalha, em detrimento de uma única.

Falar é fácil, meu amigo. O difícil é colocar em prática.

14 de nov. de 2008

Palmeirenses juntam forças na internet e publicam vídeo de apoio ao time

Torcedores palmeirenses se organizaram através da comunidade "Palmeiras" no Orkut, e editaram um vídeo contendo trechos da trajetória do time alviverde em 2008, além de depoimentos de internautas que gravaram frases de apoio individualmente a cada um dos jogadores do elenco.

11 de nov. de 2008

Obrigado Santo Expedito pela graça alcançada

Fonte: Goal.com

Arsenal To Sign Rising Brazilian Star?

According to reports, Arsenal have signed a pre-contract agreement with Brazilian striker Lenny, who looks set for a free transfer in January...

20-year-old Brazilian striker Lenny - full name Lenny Fernandes Coelho - who currently plies his trade with Brazilian side Palmeiras, is reportedly bound for Arsenal.

Reports suggest that the Gunners have clinched his signature after the player signed a pre-contract agreement with the north London outfit.

Lenny's Palmeiras deal is due to expire in December, and as such, he could be on the Gunners' books as early as January 1.

However, it is expected that the forward will be shunted out on loan to Spain to garner some first team experience and a work permit. Arsenal have an agreement with feeder club Salamanca to loan them a striker or goalkeeper in January.

Mexican striker Carlos Vela benefitted from terms on loan with Celta Vigo and Osasuna among others, where he impressed before returning to the Emirates with a work permit in time for this season.

Arsene Wenger's side allegedly tabled a bid for Lenny in 2007, which was rejected by his club and was in the region of around £3 million.

The striker has European experience having represented Sporting Braga of Portugal in 2007.

10 de nov. de 2008

Falar e agir

Nada pior do que uma segunda-feira pós-chacoalhada. Certo?

Errado.

Pior do que a chacoalhada, a derrota, o impacto sofrido no domingo, foi a seqüência de fatos bizarros durante a última semana. Fatos para deixarem qualquer palmeirense, até os mais equilibrados (se é que existem!), fora do eixo. No mínimo, com uma pulga atrás da orelha. Uma pulga do tamanho de um elefante.

Tentei esperar baixar a poeira, acalmar os ânimos, para ver se entendia esta última semana negra, iniciada apropriadamente no dia de finados. Com a consternação ainda presente mesmo depois de 30 horas após o final do jogo de ontem, vi que nada fará passar em branco algumas coisas que assistimos nos últimos 7 dias.

Vou inverter a ordem das coisas e começar pelo final. Falando do Marcos.

Marcos

Falhou no gol do Grêmio. Trata-se de opinião. E nem vale a pena divagar sobre porque considerar falha ou não. A constatação é que dentro do mesmo jogo, o próprio Marcos nos salvou, agarrando bolas impegáveis (como de costume), mas não defendeu esta bola específica e "pegável" (ao contrário do que estamos acostumados).

Isso o torna menos goleiro? Não. Isso o torna menos profissional? Não. Isso o torna menos admirável? Não.

Falhou ao abandonar o gol insandecidamente a partir dos 30 e poucos minutos do segundo tempo. Trata-se de opinião. Falhou, se analisarmos isso como uma atitude profissionalmente destemperada, já que ainda restavam 15 minutos de jogo.

Formei essa opinião enquanto assistia ao jogo e sofria. Achei um risco desnecessário e que não traria bem algum ao Palmeiras. Ao contrário, poderia encerrar o resultado de um jogo (caso tomássemos 2 a 0) que, teoricamente, poderia ainda ser empatado.

Mas algumas horas depois, enxergo este ato do Marcos com outros olhos.

Ele não falhou. Ele falou. Falou com a bola, falou com atitudes, falou com sua postura.

Marcos disse com a bola que queria compensar a falha, tivesse sido ela da zaga ou do próprio.

Marcos disse com atitudes que não estava nem aí para as ordens do senhor Luxemburgo, seu chefe, e gritou para todo o estádio que não estava mais sob comando do "professor".

Marcos disse com sua postura que é palmeirese, meus amigos. Ele fez o que todos os milhões de torcedores fariam se estivessem em campo naquele exato momento.

A razão me diz que ele não deveria tomar esta atitude extrema. E creio que não tomaria, num time comandado por Felipão. Porque ele acreditaria, como fez tantas vezes, num grupo que o Felipão é capaz de formar.

Ontem, o Marcos falou em alto e bom tom, com a bola nos pés: "Não acredito mais no trabalho do Luxemburgo".

Se acreditasse, ele confiaria que o time formado pelo "professor" teria força para reagir e não teria chutado o balde tão cedo. As atitudes de Marcos refletem claramente o descrédito no técnico. Aliás, mais do que descrédito. Seu descomprometimento com Luxemburgo.

Vanderlei Luxemburgo

Milhões de vezes, já vimos e ouvimos saindo da boca de jogadores elogios ao Felipão pelo espírito de unidade que confere a um grupo de profissionais. Também, já vimos e ouvimos o contrário a respeito do Luxemburgo.

Felipão convence os jogadores a comerem grama por ele. Convence-os com seu trabalho, sem ter que pedir a ninguém que faça isso. Já Luxemburgo...

Bem, Vanderlei Luxemburgo continua escrevendo sua história com novos fatos, em sua maioria desabonadores.

Acompanhando a carreira do "professor" desde seu 1º grande sucesso no Bragantino, jamais tive razões ou argumentos suficientes para contestar sua capacidade profissional. Até a semana que passou.

O tempo passa, o mundo gira, e ele é dinâmico. As coisas mudam, as pessoas evoluem (ou involuem), outras pessoas crescem, a realidade se transforma.

Sempre contestei quem criticava ou perseguia o senhor Luxemburgo pelas suas peripécias fora de campo, pelo seu caráter, ou coisas do tipo. Acreditava que sua capacidade como técnico superava seus defeitos como profissional e como pessoa também. Acreditava que o saldo desta conta era positivo.

Mas os últimos 7 dias, deixaram algumas verdades expostas, e que me fazem rever meus conceitos. Principalmente porque entendi, pela primeira vez, que o extra-campo faz parte do trabalho do "professor", especialmente o jogo de cena e o discurso.

Ele próprio sabe e admite isso. Acontece que suas pisadas foram fora e também dentro de campo.

"A meta agora é a Libertadores"

Se havia um aspecto positivo na arrogância do Luxemburgo é que sempre vi em suas posturas ao longo dos anos e em seu discurso uma sede incansável de vitórias, sucesso e conquistas.

No momento em que ele entrega os pontos, declarando que agora vai brigar por uma vaga na Libertadores, ainda tendo chances matemáticas de título, ele se coloca nesse aspecto lado a lado a todos os técnicos medianos que pecam e já pecaram tanto no Palmeiras. Por uma visão medíocre, de objetivos pequenos, embutindo um certo conformismo na sua mentalidade, e indiretamente na mentalidade dos jogadores.

O resultado de uma semana de treinamentos

Aliás... uma semana ou um ano?

Achei certíssima a decisão do "professor" de permanecer aqui no Brasil, treinando o time titular, enquanto os reservas foram jogar na Argentina pela Sulamericana.

Só faltou uma coisa, nessa história toda. A parte do "treinando".

É difícil se conformar com um time profissional que não tem batedores de falta e escanteio definidos, mesmo estando no 11º mês. Como é que se pode treinar um grupo ao longo de um ano, sem definir este ou aquele jogadores como batedores oficiais?

Ok, nossos "batedores" estão longe de serem grande coisa. E este seria exatamente o motivo para que o brilhante "professor" elegesse um ou dois, entre os menos piores, e os fizesse treinar à exaustão, com treinamentos técnicos, para aperfeiçoar a batida na bola.

Quantas jogadas ensaiadas o Palmeiras colocou em prática em 2008 com sucesso? Aliás, nossa "grande" jogada ensaiada é aquela cobrança curta de escanteio, que tira nosso melhor cabeceador da área para devolver a bola ao cobrador, que cruza a bola para ninguém. E que, por obra do acaso (será?), nunca dá em nada.

Quantas vezes, em 2008, vimos nossa defesa sair organizadamente em bloco para deixar o time adversário em impedimento? Nenhuma me vem à cabeça, sinceramente.

Em contrapartida, quantas vezes vimos a defesa do Palmeiras praticamente entrar em seu próprio gol, em situações de cruzamentos e lançamentos para a área, anulando qualquer possibilidade de impedimento do time adversário? Os bizarros e parecidos gols de Grêmio e Fluminense me lembram que não foram poucas vezes.

Para quem sempre defendeu o Luxemburgo por seu trabalho como técnico dentro das 4 linhas, estas constatações são decepcionantes.

Um time em que cobra falta ou escanteio o jogador que se apresentar na hora; cuja defesa deixa o time adversário sempre em condições de fazer o gol, por não fazer uma simples linha de impedimento; que não tem sequer uma jogada ensaiada funcional; assim sendo, não dá para se considerar como um time bem treinado.

Freakshow no plim-plim

Continuando o rewind da semana tenebrosa, chegamos à cereja do bolo. Luxemburgo comentando o jogo do próprio time na Globo, na última quarta-feira.

Ao longo de 15 anos, após as nossas glórias de 1993, 94 e 96 com o "professor", aprendi a fazer um exercício como torcedor de um time dirigido por ele: tapar os ouvidos para suas entrevistas.

O número de asneiras proferidas a cada uma de suas entrevistas é astronômico. Sempre achei que fosse por uma certa deficiência de intelecto. Mas pior do que isso, é uma pessoa assim querer passar sermão nos outros.

A mim, custou anos para perceber que Vanderlei Luxemburgo faz de suas aparições e declarações componentes de seu trabalho. Já vimos diversas vezes ele jogar ao vento declarações dizendo "A" para atingir um determinado objetivo "B". Ou fazer o inverso: pinçar declarações de alguém de fora para provocar uma determinada reação em seus jogadores.

Honestamente, via isso como uma mínima parte de seu trabalho. Um complemento, talvez. Mas hoje me questiono se ele não congelou no tempo e ficou apenas nisso...

No trabalho técnico, dentro de campo, ele está devendo.

E na parte do seu showzinho particular, pisou na bola. Na verdade, pisou na bosta, escorregou, se espatifou no chão e ainda saiu sujo.

Admito que, quando o Palmeiras entrou em campo na Sulamericana, já não esperava nada por diversos motivos. (O time reserva já é fraco tecnicamente. Desmotivado, então, minhas perspectivas de vitória eram nulas.) Assim, nem mesmo os dois gols do adversário me causaram irritação.

Mas ver o técnico de seu time rindo, falando calmamente, inabalável, enquanto seus jogadores estavam fazendo uma apresentação medíocre e parte de seu trabalho estava sendo comprometido (afinal, o time estava sendo eliminado da competição), isso sim me deixou irritado.

Essa aparição non-sense na Globo, o contrasenso de condenar publicamento Marcos (justamente por lavar de roupa suja em público), a perda do controle da situação e o desconforto evidente com o comportamento do goleiro ontem (ironizando o termo "São Marcos") me fazem questionar seu trabalho.

Acho que Luxemburgo perdeu a mão. Perdeu o controle da situação. E, o mais preocupante ainda, perdeu a noção do quanto é importante simplesmente TREINAR um time.

O velho Vanderlei Luxemburgo estaria hoje com sangue nos olhos, com toda esta situação. Estaria louco para calar a todos, esfregando em suas caras um título inesperado e que seria histórico.

O pior de tudo é acreditar que com 4 vitória podemos ser campeões. Pior porque, mesmo ainda sendo possível, o "professor" já não mostra mais a mesma gana de provar seu valor. E assim, o possível se torna praticamente impossível.