19 de fev. de 2008

O polêmico setor Visa: herói ou vilão?

Só quem vai ao estádio com pai, mãe, avós ou crianças sabe o valor de ser respeitado, de chegar no estádio e ter seu lugar marcado, de não obrigar seu filho ou sobrinho a ficar cheirando a maconha alheia e ter certeza que seu avô não será descadeirado por empurrões.

Alguns confortos e avanços que o setor oferece, nem todo mundo conhece ou reconhece:

  • Comodidade para comprar ingressos pela internet, sem ter que perder horas produtivas de trabalho ou outras atividades.
  • O conforto de garantir sua entrada sem pegar filas homéricas.
  • A chance de pagar os ingressos uma só vez no mês, em uma mesma data, no dia da fatura do seu cartão de crédito.
  • Combate aos cambistas, já que a compra dos ingressos é individual (através de cartão de crédito) e instransferível.
  • Maior segurança no estádio, já que todos os ingressos são identificados no momento da compra.
  • A estrutura física oferece banheiros decentes, TVs para acompanhar melhores momentos no intervalo, lanchonetes limpas e outras benfeitorias ao torcedor / consumidor.
  • Um grande benefício são as cadeiras com número marcado, possibilitando que o torcedor chegue na hora do jogo e tenha seu espaço garantido.
  • Possibilidade de comprar meia-entrada para estudantes e idosos.

A lista de benefícios segue, mas acredito que estes citados acima são fortes o suficiente pra decretar o setor Visa como um avanço que nenhum clube grande do Brasil teve coragem e competência de implementar antes.

O Palestra Italia, bem como todo o clube social do Palmeiras são espaços privados, cujos donos são o clube e seus sócios. Por isso mesmo, poderiam cobram 500 reais por ingresso se assim decidissem, e ainda assim estariam no seu direito.

Gozado como há pessoas que adoram reclamar, chiar, protestar, propor boicote, mas na hora que a Diretoria toma uma medida para modernizar o clube, dar um passo à frente, sempre aparece alguém insatisfeito com alguma coisa.

Futebol é entretenimento e diversão. E se estamos num país cheio de injustiças sociais, o problema é do país, da economia, da sociedade, do capitalismo... de TUDO, não do futebol nem do Palmeiras.

Aliás, reclamam tanto da DOMINAÇÃO CAPITALISTA do futebol europeu sobre nossos melhores jogadores, e no momento em que nosso clube faz algo arrojado e polêmico, em busca de aumentar receitas, aumentar o conforto do torcedor que paga para ir ao jogo, tudo para diminuir essa discrepência entre as realidades do futebol brasileiro com o que de lá, vem alguém e mete o pau.

Não descontem no futebol as frustrações neo-socialistas.

O futebol não tem papel de feitor de justiça e igualdade social. Quem não tem dinheiro para pagar para ir no setor Visa, que vá de arquibancada. E quando chegar o momento em que tudo ficar mais caro com a nova Arena, vão ter que aprender e aceitar que INFELIZMENTE quem não tem dinheiro terá mesmo é que escutar no radinho ou ver na TV, ou então deixar de comer para ir aos jogos.

O Palmeiras não é casa de caridade nem é plano assistencialista. Existem ainda as arquibancadas a um preço mais acessível.

Mas é bom aproveitarem enquanto ainda não é Arena, pois a modernização, o respeito ao consumidor e o conforto têm seu preço.

Respeito as críticas ao setor, mas acho que algumas visões são MUITO ESTREITAS. Muitas ainda têm aquele espírito do jovem rebelde revolucionário, essa coisa de reclamar e chiar, e quando alguém faz algo com competência, ousadia e coragem, gera polêmica e enfrenta sem medo as torcidas organizadas, chovem críticas. Criticar é fácil, arranjar uma solução viável é que é difícil.

Parabéns à gestão atual por ter coragem de peitar as torcidas organizadas, não se deixar ser refém delas e tomar decisões ousadas, modernas e que visam o benefício exclusivo da Sociedade Esportiva Palmeiras.

2 comentários:

Rodrigo Barneschi disse...

Fala, Mario.

Cara, nunca fui um jovem revolucionário, até porque minha inclinação política nem de longe pende para a esquerda.

Mas sou um crítico severo do Setor Visa, já com incontáveis textos a esse respeito no meu blog.

Tenho mais dois prontos sobre isso, um deles com argumentos sobre o perigo de um clube de massa perder a sua identidade com a massa que o suporta.

É uma discussão longa, eu reconheço, mas eu tento, a meu modo, colocar os argumentos de quem, apesar de ter dinheiro para bancar todos os jogos, se preocupa com o direito do torcedor menos favorecido.

E você há de convir: R$ 30 não é assim um preço tão convidativo.

Enfim, entendo e respeito seus argumentos. Mas continuo a ver com enormes ressalvas toda essa situação.

Volto ao tema em breve.

Abraços

Anônimo disse...

não tenho nada contra o estadio do verdão mas sim com os comentarios que Martinez pode sair do verdão para ir paraos gambas deixa de ser burro verdão este é um dos menhores do elenco,e outra deixar leo lima e denilson na reserva para por jumar é o fim né verdão assim não vamos a lugar algum deixa de burisse